Maluquices

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Campo Grande, MS, Brazil
Bailarina, educadora, artista... Criadora do Maluquices Artes, onde o que os meus olhos veem ha arte. Diário da minha vida...

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Bullyng... pode acontecer com você



  Outro dia resolvi olhar umas fotos antigas e viajei no tempo, é gostoso reviver alguns momentos que por um clique ficam registrados.
Há algumas que estão estranhas, comecei a rir de uma que minha irmã do meio está de óculos fundo de garrafa e lembrei-me de seu apelido (garrafinha), a outra a mais velha de aparelho e eu a chamava de (dentes de aço), apelidos chatos não faltam imaginação para apelidar uma pessoa.
“Hoje eu, amanhã pode ser você” , então foi exatamente o que aconteceu , cheguei à adolescência e o que aconteceu? Isso mesmo, em uma consulta ao oftalmologista, você tem miopia e astigmatismo usará óculos, logo depois ao procurar um dentista, seus dentinhos estão tortinhos e a mordida errada, vamos colocar um aparelho ortodôntico, (ah não só pode ser praga), e pra ajudar sou magrela .
Imaginem os nomes que encontram pra te chamar, a criatividade vai a mil, mas não vem ao caso lembrar quais foram meus apelidinhos “carinhosos”, e me senti a pessoa mais feia do mundo. Outro dia postei aqui sobre beleza http://mylaojeda.blogspot.com/2010/04/o-que-e-beleza.html e o bullyng tem muito a ver, o que julgamos belo? O que é normal? Somos maldosos a rir de alguém só porque é diferente de você, “Eu sou diferente de você, você é diferente de mim, eu sou diferente de você e mesmo assim você vai gostar de mim” ironicamente dizemos é brincadeira, pois é o fato de achar engraçada a característica de alguém, magoa.
Na verdade ao apelidar, estamos tentando esconder características nossas que não queremos que vejam e nos ‘zuem’, porque não começar a palhaçada primeiro e escolher o mais fraco para ser o alvo da turma, infelizmente não é a vítima o mais fraco e sim o gozador, que por ser infeliz acha no bullyng uma forma se sentir superior.
Minhas irmãs sentiam se mal quando eu as ridicularizava, quando senti na pele a pressão de apelidos vexatórios , percebi que a diferente era eu não elas.
“E disse Deus: façamos o homem à nossa imagem, conforme nossa semelhança. E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.” Gn 1:26-27