Escrever, escrever, Es-cre-ver, e-s-c-r-e-v-e-r, isso é minha terapia, sou uma Camila, mas inventei estórias de muitas, tem criança, adolescente, adulta, velha, mãe, solteira, casada, rica, pobre, feliz, triste, estudada, burra, gorda, magra, alta, baixa, loira, morena, educada, arrogante, brega, elegante, tímida, falante, doente, saudável... Acho que se for dramaturga farei igual Manoel Carlos com suas 'Helenas' só que serão as 'Camilas' cada novela uma personalidade diferente.
Acho que sofro de personalidade múltipla, brincadeirinha, apenas minha imaginação muito fértil. Um dia sou uma adolescente patricinha e mimada que compra tudo e vive na Internet, no outro sou a dona de casa desesperada com dois filhos, depois a filha de uma família abastada que ganhou uma escola de bale e se casou com um bilionário (oh sorte), de repente a noiva grávida que o noivo esta na Espanha, do nada a solteirona que curte a vida adoidada.
De todas as que crio a que mais gosto é a que vive com os padrinhos numa casa simples, que sofreu de bulimia e anorexia e venceu que tem uma família adorável, que passou no vestibular, mas continua indecisa, que luta contra uma doença , teimosa, fez e fará muita coisa uma Camila amável que existe e sonha muito “eu”, pode ser difícil, mas aprendo bastante vivendo assim.
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